segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Louvada seja a fartura que a fome ninguém a atura…

Ultimamente tenho vivido bons momentos. Daqueles momentos que nos fazem sentir vivos, com uma genica e alegria pulsante. Tenho amigos que estão, pelo contrário, numa má fase e tento falar com eles, convencendo-os que é só um instante mau e que as coisas vão melhorar. Para dizer a verdade nunca me senti verdadeiramente em baixo. Acho que não faz parte da minha natureza deixar-me abater por situações menos boas. Nessas alturas penso sempre numa frase que ouvia quando era mais novo: não há fome que sempre dure nem fartura que nunca acabe. Sei que os bons momentos que vivo agora podem eventualmente acabar, mas tenho também a certeza que a fome não dura para sempre.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Código DaVegetal

Depois de grande insistência do público em geral, e dos meus manos em particular ( Sandra e Paulo), venho finalmente aqui a este lúdico espaço, fazer a minha contribuição como cronista das aventuras e desventuras desta minha disfuncional mas divertida família.
Os nossos pais são da aldeia, tendo desta forma desenvolvido um gosto pela agricultura e em especial pelo mundo dos vegetais, tanto que acabaram por desenvolver uma espécie de código em que substituem uma determinada palavra (a qual não é nada religiosa), por outra do mundo vegetal e afins, (visto que agora a roda dos alimentos já não é o que era). Desta forma sempre que os animais ou, até pior nós, a azucrinávamos, ela ameaçava-nos as partes com que se fazem os filhinhos, dizendo que nos dava um pontapé na ceira dos figos. Já o meu pai à uns tempos atrás, fez referência a uma jovem adulta, e à sua suposta vontade de mostrar o Grelo.
Pode não parecer, mas esta conversa toda é bastante lúdica tanto para a minha alimentação como para a minha vida privada, pois assim fiquei a saber que devo sempre lavar a fruta, e que nunca devo comer vegetais azedos ou que foram comidos pelo bicho, e principalmente e acima de tudo, quando a fruta está podre o melhor é deitar fora, ou não nos vá fazer mal.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Sobre passas e buliços...

Este ano não comecei o ano com as tradicionais doze passas que costumeiramente acompanham as doze primeiras badaladas do novo ano. Após uma cuidada apreciação do ano findouro cheguei à conclusão que a única coisa que resultou das passas de 2007 foram graínhas nos intervalos dos dentes. Aliás, em relação a 2007, como costuma dizer a minha mãe "Deus o veja ir com as perninhas a bulir"! A bem da verdade de que adiantam as pobres passas se depois recebemos quinhentos emails ao longo ano, que nos prometem fortuna ou infortúnio, dependendo de nos decidirmos ou não a importunar os nossos amigos ou conhecidos com uma mensagem que anda a correr o mundo há décadas. E aí coloca-se a questão, quiçá das nossas vidas, arriscamos perder o emprego, o amor, a fortuna, ou até mesmo uma perna, ou arriscamos perder os amigos, que à custa de tantas mensagens inúteis e portadoras de infortúnios, a páginas tantas, nos riscam da agenda? Eu cá por mim, fico com os amigos, que esses são certinhos!

E quanto às mensagens milagrosas que correm o mundo, essas sim, Deus as veja ir com as perninhas a bulir!!!